"Cortejo pelos deuses
convocados e abolidos,
expectantes, mudos,
velam pelo voo dos drones
e pelas armas de laser,
no assalto mongol e levantino
ao Elísio Ocidental, aos blessed states,
à terra do nunca do hedonismo,
à vida vegetativa e virtuosa,
aos baluartes invisíveis, virtuais,
defendidos por mísseis Patriot:
a noção de pátria que colapsa
às mãos do chefe imediato e do cacique,
a dona do largo e o ditador a dias,
sob a pálpebra que se fecha
nos satélites atingidos pelo fogo solar."
Paulo Teixeira, A Boda dos Tempos, Lisboa: Língua Morta, 2024, p. 39.
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