"Dá-lhes a paz. Um carrilhão repleto,
de repente só flor dominical
a que o limbo de luz de cada objeto
devolva o júbilo da paz geral.
Dá-lhes a paz. Ondículas a celha
dominem no bordo nupcial
de correnteza, onde, um momento, a abelha
cruze de sol e hesite, musical.
Dá-lhes a paz. E ainda a paz. E ainda
celhas e carrilhões e, em cada lado,
água que abunde pela terra infinda
de música e de mel. E um ar dourado
rumoreje de trigo pela quinta
de perpétuo domingo consagrado."
Fernando Echevarría, Geórgicas, Porto: Afrontamento, 1998, p. 209.
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