"Deus, meu pai no Céu! Determinaste para o homem uma vida tão livre, magnífica e plena de abundância. Forças de infinita diversidade, das divinas às animais, entrelaçam-se-lhe no peito para fazerem dele o rei da Terra. Mas ao mesmo tempo, subjugado por espíritos invisíveis, ei-lo surpreendente e incompreensivelmente agrilhoado e tolhido; encandeado pelo erro, passa ao lado das supremas coisas e, como se atingido pela cegueira, caminha errante sob o peso de misérias e frivolidades."
Heinrich von Kleist, «Oração de Zoroastro», in Sobre o Teatro de Marionetas e outros escritos, trad. José Miranda Justo, Lisboa: Antígona, 2009, p. 89.

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