"Ao mesmo tempo estou profundamente convencido de tomar parte no grandioso e eterno plano da natureza, desde que preencha inteiramente o lugar em que ela neste mundo me colocou. Não terá sido em vão que a natureza me atribuiu este domínio de acção que é o meu no presente, e, supondo que perdia o meu tempo a sonhar com o presente enquanto tratava de investigar o meu domínio de acção do futuro - não será o futuro um presente que há-de vir, e hei-de eu voltar a perder tempo sonhando também este outro presente?"
Heinrich von Kleist, «Sobre a ilustração da mulher», in Sobre o Teatro de Marionetas e outros escritos, trad. José Miranda Justo, Lisboa: Antígona, 2009, p.66.

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