"A luz do dia tinha feito surgir no meu espírito uma multidão de pensamentos inteiramente novos e diversos daqueles que me haviam ocupado durante a noite. Há pensamentos que não vivem senão no silêncio e na sombra, pensamentos que o dia desvanece e apaga; há outros que só surgem ao clarão do Sol.
Eu sentia no cérebro uma multidão de ideias estremunhadas, que à luz repentina da madrugada voejam em turbilhão como um bando de pombas amedrontadas pelo estridor de um tiro."
Eça de Queirós e Ramalho Ortigão, O mistério da estrada de Sintra, Lisboa: Círculo de Leitores, 2006, p. 37.
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