"Todos os dias alguém desaparece e cai no mundo dos sonhos, oculta-se em fantasias perdidas, num paraíso de forças. O amor, para eles, é o olho do destino e o alívio maior do mal involuntariamente causado por aquele imenso amor e carinho que só agora se encontra nas recordações.
Em suas vidas receberam amor e um beijo maravilhoso, e todos sabem mais do que ninguém conhece. Em sua morte depararão com um buraco, repleto de sombras e imagens perdidas. Nunca procuraram ser fortes e agora a morte fá-los pagar por isso, compelindo-os a trabalhar na senda das nuvens que não têm fim. Para nada há explicação neste mundo de doidos."
Violeta Hernando, Mortos ou Coisa Melhor, trad. Júlio Henriques, Lisboa: Antígona, 1996, p. 91.
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