"O silêncio é um ingrediente essencial da profundidade do amor. Ninguém soube dizê-lo melhor que Maurice Maeterlinck. Ouçamo-lo com atenção: «Se vos for dado descer um instante na vossa alma até às profundezas habitadas pelos anjos, o que antes de mais lembrareis de um ser amado profundamente não são as palavras que ele disse ou os gestos que ele fez, mas os silêncios que vivestes em conjunto; pois só a qualidade desses silêncios revelou a qualidade do vosso amor e das vossas almas.» Tal é o «silêncio ativo»; mas há outro, «passivo», «silêncio que dorme», que «não passa de reflexo, do sono, da morte ou da inexistência.»"
Alain Corbin, História do Silêncio, trad. António Sabler, Lisboa: Quetzal, 2025, p. 133.

No comments:
Post a Comment