"Marta ficou paralisada pelo espanto do fogo. Nunca, até então, vira aquelas chamas poderosas, que tentavam igualar-se às árvores, tão aniquiladoras e ofuscantes como o Sol, capaz também de incinerar a Terra, se não vivêssemos tão longe da matéria ígnea. Compreendeu que só poderia aproximar-se dessa energia por um amor simbólico, e que teria sempre de salvar o mundo das chamas concretas."
Fiama Hasse Pais Brandão, "Sob o Olhar de Medeia", in Em Cada Pedra Um Voo Imóvel e outros textos, Lisboa: Assírio & Alvim, 2008, p.p. 204-205.
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