"És tu que aparelhas em ti
um maior do que tu, a tua essencial essência.
O que emana de ti, esse desassossego
comovente, és tu própria. A dançar.
Cada pétala diz sim
e dá ao vento
alguns passos perfumados
de invisível.
Ó música dos olhos
que, todos, convergem
para esse centro, onde te tornas
intangível, rosa."
Rainer Maria Rilke, Frutos e Apontamentos, trad. Maria Gabriela Llansol, Lisboa: Relógio d'Água, 1996, p. 263.
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