"Anrique era um poeta, Senhoras desculpae
O seu pensar ingenuo, os erros em que cae.
Não vê na Lua mais, que um premio ao seu amôr.
Senhoras perdoae-lhe! elle era um sonhador.
Anrique se eu podesse dizer-te baixo, ao ouvido,
Quem é o vulto escuro, nas sombras escondido,
Que vela sobre ti com tão ardente olhar
Que nem o volve atraz ao abandonado Lar?"
António Nobre, Despedidas, 3. ª ed. Porto: Imprensa Moderna, 1944. p. 91.
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