"Não queiras muitas coisas. Olha para as mãos
e vê tudo o que elas podem conter ser estão vazias.
Há muito que esperam o gesto de uma oferenda, a que chega
para que se tornem mais amplas ou possam receber
as límpidas cores, os vestígios onde se conhecia
o sulco mais estreito que as vinha separar
até que sejam apenas tuas as margens deste rio
que se tornou maior e assim encontra o nada."
Fernando Guimarães, Lições de Trevas, Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2002, p. 44.
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