"Nossa análise do universo pôs em cena sobretudo os planetas, único teatro da vida orgânica. As estrelas ficaram no segundo plano. É que nelas, nada de formas cambiantes, nada de metamorfoses. Nada além do tumulto do incêndio colossal, manancial do calor e da luz, depois seu decréscimo progressivo, e enfim as trevas geladas. Nem por isso a estrela deixa de ser o foco vital dos grupos constituídos pela condensação das nebulosas. É ela que ordena e regula o sistema do qual forma o centro. Em cada combinação-tipo, ela difere na grandeza e no movimento. Ela permanece imutável em todas as repetições desse tipo, inclusive as variantes planetárias que são obra da humanidade."
Louis-Auguste Blanqui, A Eternidade pelos Astros, trad.Takashi Wakamatsu, Desterro [Florianópolis]: Cultura e Barbárie, 2017, p. 87.
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