" - Mas de guerra sabem muito! Uma vez, ouvimos até um canto que, a princípio, considerámos uma provocação - disse o general- Mas um velho canto, aliás, um canto de amor.
- Ah, sim? - indagou o outro, num tom indiferente.
- A letra era mais ou menos esta: «Oh, tu, linda Hanko, que és bela como o dia, não te passeies entre os túmulos, pois vais ressuscitar os mortos.»
- Bem, bem! - comentou o general de divisão."
Ismaïl Kadaré, O General do Exército Morto, trad. Artur Lopes Cardoso, Porto: Sextante/Porto Editora, 2020, p. 270.
No comments:
Post a Comment