Sunday, July 26, 2020

BONECOS DE LUZ (em homenagem à Divina Olivia de Havilland)




"Abrindo uma tampa da máquina, o mecânico espreitou lá para dentro... Depois, veio cá fora deitar uma olhadela para o céu...
O gordo tomou aquilo por gracejo e explodiu:
- Parvo! Que tem que ver o ar da noite com o desarranjo da máquina?
- Qual desarranjo! - exclamou o cara triste. - A máquina está boa! O luar é que bate em cheio no lençol e apaga a projcção!
Ao ouvir isto, ninguém ficou sentado no recinto: todos se ergueram de nariz no ar..."


Romeu Correia, Bonecos de Luz, 2.ª ed., Lisboa: Arcádia. 1975, p. 64. 

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