Friday, November 24, 2017

VALER-SE



"Fez-se então o ar mais denso, como cheio de um incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
«Maldito!», a mim disse, «deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais, 
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!»
Disse o corvo, «Nunca mais»."

Edgar Allan Poe, O Corvo, trad. Fernando Pessoa, Lisboa: Relógio D' Água, 2009, p. 28. 

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