"Nunca, entre tanta serenidade, poderia pousar uma crispação, uma recusa ou um brusco estremecimento do coração desmedido. Não conhecer a paixão é um privilégio dos mortos. Entre a mão e a barca, entre o silêncio e a aridez, entre a claridade e o tremor caem as sombras sobre a água como a roupa se desprende e cai do corpo desejado, entrevisto, como de tanto amor se tece a Morte!"
Luís Filipe Castro Mendes, "A Ilha dos Mortos", inPoesia Reunida. Lisboa: Quetzal Editores, 1999, p. 32.
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