"Os deuses ou são mortos ou são caídos, Quais duros aldeões dormindo as sestas, Ou andam, pelos astros perseguidos, Chorando os velhos tempos das florestas.
Os reis ressonam nas devassas festas: Já os frutos do Mal estão crescidos: Ó Sol, há muito que tu já nos crestas! E aos nossos ais o Céu não tem ouvidos!
Há muito já que o Olimpo está vazio, E no seio de um astro imenso e frio É morto o Deus do Testamento Velho.
Apenas, sobre o mundo eterno e aflito, Fausto rebusca o x do infinito, E Satã dorme em cima do Evangelho."
Gomes Leal, "Claridades do Sul", in Poemas Escolhidos (Antologia), Lisboa: Círculo de Leitores, 1988, p. 9.
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