"O absurdo pode sempre visitar-te quando estiveres no campo E o teu filho disser: a minha cabeça Pondo a mão sobre a nuca, tendo abandonado a foice. O absurdo pode sempre parar à tua porta Com o teu filho sobre o jumento pardo Pode sempre visitar-te no rosto da mulher - Era meio-dia sobre os meus joelhos - E chamarás. Abrirás em cada dia Uma nova entrada por onde possa visitar-te Sentar-se aí ao teu lado. Onde costumas envelhecer."
Daniel Faria, "Homens Que São Como Lugares Mal Situados", in Poesia, 2ª edição, Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2006, p. 157.
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