"O vasto rumor do mundo é dezembro que se alastra é canto velho e o rotundo sagrar a vinda do sol abrir a zona das mágoas o destilar do resumo sentir a forma de faca cortante em torno do escuro bem dentro das muitas malhas que ligam verbo e costumes à fogueira das metáforas que ligam por alcatruz as mentiras da rotina a verdade das viagens que juntam silêncio e luz ao respirar da campina ao fervilhar da coragem - rumor que se reproduz desde o choro das resinas à opulência das vagens."
João Rui de Sousa, Lavra e Pousio, Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2005, p. 118.
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