"Mais do que a amargosa pétala mastigada, seu aspro odor e seiva azeda, a lembrança antiga das camadas do sono: há muito tempo, foi depois da missa, eu e mais duas tias num caminho, as pernas delas na frente, com meia grossa e saias. No ar os cheiros do mato, as palavras cordiais, o céu pra onde íamos, azul, conforme as palavras de Nosso Senhor, os lírios do campo, olhai-os, a flor do mato, a infância." Adélia Prado, Bagagem, Lisboa: Cotovia, 2002, p. 118.
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