"Um pressentimento. Assim é que há-de chegar a seiva ao ponto mais alto das árvores, a esse limite humedecido pela noite? Não sei, mas acabaram os frutos por ficar mais próximos. A sua curva inclina-se. Mostra-nos uma cor que desconhecíamos antes. Estendemos um dos braços e recolhemos o que se encontrava ainda ausente, um corpo simples que lhe fica prometido a partir de si mesmo. Com esse gesto tudo amadurece."
Fernando Guimarães, Lições de Trevas. Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2002, p. 47.
No comments:
Post a Comment