Wednesday, December 11, 2013

PARA A MEMÓRIA DE NADIR AFONSO



"Como as marés, o sangue, passivo, flui:
Apelo e repulsa de astro ignoto, 
Metade na escuridão amortalhado...

A carne, pelas quatro estações pautada, 
Mundo vegetal na flor e fenecer, 
Poderá vingar noutro fruto bichado. 

E os ossos - que sirvam para o sábio, 
Perplexo, no futuro, desenterrar...
E o menino, na escola, decorar!"


Tomaz Kim, Obra Poética, Lisboa: IN-CM, 2001, p. 262. 

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