"Pássaro, delícia da minha miúda, com quem brinca, que aperta contra o seio, a quem dá a ponta do dedo, e provoca valentes bicadas, quando, ardendo de desejo por mim, lhe agrada divertir-se com não sei o quê de querido como pequeno consolo para a sua dor, julgo, para assim acalmar o ardor intenso - pudesse eu, como ele, contigo brincar e do coração afastar os tristes cuidados."
Catulo, Carmina, II, trad. José Pedro Moreira e André Simões, Lisboa: Cotovia, 2012, p. 30.
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