"Sente-se a tensão que antecede a trovoada Num país onde as rosas guardam as vinhas, Porque pressentem as pragas E as corolas adquirem as cores do alarme. As aves voam baixo, quase em falso, Rasam a iminência da tempestade, Sopesam-lhe o volume e a intensidade, Mantendo-se sempre fora do seu alcance. São artes que nós não temos. Resta-nos esperar a peste."
Nuno Morais, Últimos Poemas, pref. Joana Matos Frias, Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2009, p. 140.
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