"Descobre-se Novembro. A nostalgia desenvolve-se até se instituir em única luz. Em vigília a deslocar a sua concentração para a longínqua fronteira aonde se dissipa a bruma. E fica Novembro. Fica, como que pátria e urna derivando cristalina, para o sítio onde as vozes cantam múltiplas vivacidades contíguas emergindo do cerne das colunas. E mortos e vivos se resignam a ouvir-se em timbre de expansivas urnas sob a deriva da luz da nostalgia com que Novembro vai tecendo a bruma."
Fernando Echevarría, "Sobre os Mortos", in Poesia 1987-1991, Porto: Edições Afrontamento, 2000, p. 163.
No comments:
Post a Comment