Saturday, November 17, 2012

ILUMINAÇÃO


"Jurava que um anjo se tinha metido de permeio, partindo um a um todos os ramos da árvore a que ele ia tentando atar a corda. Era inevitável estar agora vivo, três dias depois de ter adormecido sob o amieiro e sonhado com a sua morte atroz.
Desde essa manhã não mais conseguira tornar a fechar os olhos, com medo que a morte lhe visitasse outra vez os sonhos; mantinha-se alerta para afastar com um pau todos os pássaros que se aproximassem."
  José Riço Direitinho, "O Amieiro" in A Casa do Fim, 3ª edição, Porto: Asa, 2007, p. 55.

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