"Dizer que eu amo gente de quem nem sei o nome, nem é preciso; que amo estas ruas estreitas cariciosamente recolhidas ao sol, um sol camarada; que amo este rio com barcos verdadeiramente azuis, tão azuis como o mar, tão azuis que se confundem; dizer que amo esta palavra anónima que corre de boca em boca dizendo que é Primavera..."
Raul de Carvalho, "Parágrafos", in Realidade Branca, Lisboa: Círculo de Leitores, 1975, p. 108.
No comments:
Post a Comment