" - E a floresta? a linda floresta que cobre as capelinhas aliás menos interessantes do que as árvores e as fontes?- Então são pouco interessantes as capelas? interrogou Assunção.- Oh! minha senhora, com licença do padre-capelão direi que elas demonstram o atraso intelectual dos portugueses, não só pela hediondez artística dos judeus de barro, mas também porque visitantes crassamente fanáticos os mutilam a golpes de varapau. Em todo o caso não devem ir embora sem descer pelo interior da floresta.- As senhoras e o Jaime, explicou o cónego, já disso faziam a tenção. Eu é que entrarei cá em cima na caleça, para os ir esperar no pórtico.-Mas agora, tornou João Borges, quando vieram para a Mãe d'água, não viram o encantador panorama que se desenrola ao norte do terreiro dos Evangelistas?- Só de passagem, respondeu Jaime.- Ah! então, convida estas senhoras a acompanhar-te e vai vê-lo bem. São apenas algumas passadas. Vale a pena. Mas devem levar um cicerone que lhes designe as serras, as aldeias, todos os acidentes da paisagem."Alberto Pimentel, O Arco de Vandoma, 2.ª edição, Lisboa: Parceria A. M. Pereira, Lda., 1972, p. 334.
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