"Não esqueças sobretudo a armadura da noite, a aspereza das estrelas quando os olhos são recentes e a gravitação é como um poder sucinto nas mãos.
Não esqueças sobretudo como os cereais lavram os campos estafados, destilam prodígios pelos sulcos da memória, oferecem-te uma vida maior em troca do sal das pálpebras.
Não esqueças sobretudo de olhar devagar."
Vasco Gato, Imo, Vila Nova de Famalicão: Quasi Edições, 2003, p. 14.
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