"Não, multidão, não tenho gritos para te dar. Mas só esta solidão das noites dos pés doridos que me afasta de mim num erguer de bandeira - tão só e de todos ! - no cortejo dos fantasmas que me leva... Só esta solidão crespa de amor total que me aproxima de tudo e arrasa as paredes e as almas como a treva." José Gomes Ferreira, "Sonâmbulo", in Poesia - II, 4.ª ed., Lisboa: Portugália Editora, 1972, p. 152.
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