"Desertei das falanges do ouro para vir sitiar a tua sombra. Movias-te como se jamais te prendesse outra lealdade que não a interrogação de um cais. E, porém, os teus olhos silenciosos, somando as imagens. Qual pano, desce sobre a cidade o músculo das coisas prementes. Das safras de pólvora colhi a tua incerteza de rapariga. Depois, perdi-te entre os prodígios." Vasco Gato, Cerco Voluntário, Porto: Cadernos do Campo Alegre, 2009, p. 14.
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