"São de quando estas árvores que balançam cabelos e vestidos com o vento, a mesma voz gemendo igual lamento uma contra as outras, livres, lançam. De quando o céu azul e o mar que cansam saudades dum e doutro, que tormento estará em no mar pôr o pensamento ou na terra pensar se as ondas dançam! Que iguais também são das criaturas as vozes que repetem mesmas coisas marés de gerações que os sinos dobram, árvores, gentes, mar, dor e venturas, apagados dizeres em mesmas loisas que sempre as minhas vidas me recordam." Jorge Guimarães, A Dor de Deus, Lisboa: Guimarães Editora, 1985, p. 13.
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