"Desliza-me entre os dedos o pensamento, e nada é, nem muito nítido, nem provado. Apenas pressentido e esperado. Agoniza um tempo, e outro o vem cobrir, cheio de sombras e de assombro. Ainda podemos voltar atrás a visitar memórias, mas vão acabar por perder-se num imenso longínquo, sem gravidade nem luz. Quer sejam as memórias de família, quer sejam as memórias de amigos ou de antigos lugares visitados e civilizações."
Mónica Baldaque, Sapatos de Corda - Agustina, Lisboa: Relógio D'Água, 2020, p. 11.
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