"O estatuto do lugar antropológico é, bem entendido, ambíguo. Não é mais do que a ideia, parcialmente materializada, que aqueles que o habitam têm da sua relação com o território, com os seus próximos e os outros. Essa ideia pode ser parcial ou mitificada. Varia com o lugar e o ponto de vista que cada um ocupa. O que não impede que proponha e imponha uma série de referências que não são, certamente, as da harmonia selvagem ou do paraíso perdido, mas cuja ausência, quando desaparecem, é difícilmente substituível."
Marc Augé, Não-Lugares. Introdução a uma antropologia da sobremodernidade, 2.ª ed., trad. Lúcia Mucznik, Venda Nova: Bertrand Editora, 1998, p. 62.
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