"Passado e presente não são, por consequência, conceitos fixados, eles despontam e apagam-se um em favor do outro, enquanto formação e nostalgia produtiva; por isso, não temos de ir buscar a uma terra mais ou menos longínqua, mas sempre à nossa mão, o que quer que seja, para guardarmos nos cofres da nossa cas: a recordação, como gesto constitutivo de uma decisão exterior ao tempo sobre o tempo, não é aceitável em Goethe; por isso, nenhum louvor da novidade, todo o amor vai para o que é eternamente novo."
Maria Filomena Molder, As Nuvens e o Vaso Sagrado, Lisboa: Relógio D'Água, 2014, p. 56.
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