Thursday, October 17, 2024

TEMPO DOS MODERNOS

 



"É este o tempo dos modernos, um tempo de Inferno, aquele que se vê a braços com a impossibilidade de reconhecer o presente (aliás, a determinação mais terrível do tempo infernal n' A Divina Comédia). O tempo moderno é o da repetição, a vertigem de uma queda que nunca chega ao seu termo (e isto já está bem caldeado na experiência barroca do tempo). Por isso a repetição e novidade são dois nomes para dar conta do mesmo. O que é novo, o que é mais novo, é uma vez mais uma versão dos castigos do Inferno da repetição."


Maria Filomena Molder, O Químico e o Alquimista - Benjamin, Leitor de Baudelaire, Lisboa: Relógio D' Água, 2011, p. 128. 

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