"Mesmo os que sabem o que é o som da água sobre o toldo
A madrugada, a amêndoa
A névoa húmida, o barro do poço
No pensamento
Perdem o frágil o poder da vegetação
A mão que parte do dilúvio entra por mim como um focinho na água
Isto escrevo como se fosse capaz de gerar uma palavra inundada
Uma gota no deserto
Como se a sede me ensinasse a caminhar sobre a palavra"
Daniel Faria, Poesia, 2.ª ed. de Vera Vouga, Lisboa: Assírio & Alvim, 2015, p. 334.
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