"À nuvem tormentosa mudo
Rocha de basalto e de lavas
No meio dos ecos escravos
Por uma trompa sem virtude
Que sepulcral naufrágio (tu
O sabes, espuma, e aí babas)
Um só supremo entre os salvados
Destrói o mastro já desnudo
Ou aquilo que em furor por falta
De qualquer perdição mais alta
Todo o vão abismo espraiado
Na cã tão branca que ondeia
Terá de avareza afogado
O flanco em flor de uma sereia"
Stéphane Mallarmé, Poesias, trad. José Augusto Seabra, Lisboa: Assírio & Alvim, 2004, p. 163.
No comments:
Post a Comment