"Se deste outono uma folha,
apenas uma, se desprendesse
da sua cabeleira ruiva,
sonolenta,
e sobre ela a mão
com o azul do ar escrevesse
um nome, somente um nome,
seria o mais aéreo
de quantos tem a terra,
a terra quente e tão avara
de alegria."
Eugénio de Andrade, "O Sal da Língua", in Poesia, 2.ª edição revista, Porto: Fundação Eugénio de Andrade, 2005, p. 521.
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