"Então a divindade pisa as suas próprias pegadas
nas pegadas do insecto no seu vestígio aéreo
congemina-os um sonho uma memória um grito:
a cerimónia termina com um punhal
na inocência.
Quero dizer-te por fim que no esquecimento
há uma síntese
que a linguagem esqueceu na vacuidade
das imagens
mas que no espectáculo da metáfora
e da morte
o esquecimento enfrenta o esquecimento
e o insecto a sua metafísica."
Laureano Silveira, O lado negro do lado branco, Porto: Limiar, 1993, p. 130.
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