"Alguns pensam que os homens se tornam homens de bem por disposição natural, outros por habituação, outros ainda, por aprendizagem. A possibilidade de nos tornarmos bons por disposição natural é evidente que não depende de nós. Mas está presente, antes, naqueles que por determinado motivo de ordem divina foram favorecidos pela sorte, no verdadeiro sentido do termo. A palavra e o ensinamento não têm a mesma força junto de todos, mas a alma do que escutam tem de ser preparada de antemão pelo trabalho através de diversas formas de habituação para poder sentir alegria e abjecção de um modo correto - do mesmo modo que uma terra é preparada para receber uma semente a a fazer fomentar."
Aristóteles, Ética a Nicómaco, X, 9, 1179 b 20-25, 7ª ed., trad. António Castro Caeiro, Lisboa; Quetzal, 2012, p. 274.
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