sou a voz à espera da palavra
que me leve à fonte onde
alvorada e raparigas se encontram.
Livre cantarei e junto delas serei
o mensageiro do amor e, acaso
chorem, bálsamo para a sua dor.
Às crianças levarei o trino das letras
primeiras. E tudo o que disser, o direi
pela boca de estátua com a palavra
viva a aquecer-lhe o coração de pedra."
Flor Campino, Reflexão dos Dias, Porto: Afrontamento, 2022, p. 50.
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