"Apenas a princípio D. Margarida se escandalizara ao presenciar o pouco respeito dos artistas, que subiam aos altares para caiar as paredes, e cantavam coisas relaxadas na casa do Senhor. O cónego Arruda tranquilizara esse fervor devoto declarando que a capela, só depois de benzida e pagos os emolumentos em Braga, na Câmara Eclesiástica, passava a ser considerada morada de Deus. Até aí, com santos e tudo, não tendo sido pagos os emolumentos, tanto podia guardar palha como ouvir o canto dos trolhas por mais relaxados que fossem.
Carlos Malheiro Dias, Os Teles de Albergaria, Lisboa: Círculo de Leitores, 1987, pp. 55-56.
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