"Como quem confundido percorre a esfera
da terra só em busca de lugar seguro.
Escreve para uma linhagem futura o que lhe resta
do nome, esse nada que é a música da língua
rompendo entre a noite esmaltada dos seus dentes.
Vendo a crista das montanhas, escurecendo
ao longe o sol no horizonte, partilha
com o ar pela última vez as volúpias da alma
e da visão, a aura das nossas cidades tributárias."
Paulo Teixeira, Inventário e Despedida, Lisboa: Editorial Caminho, 1991, p. 22.
No comments:
Post a Comment