"E para trás dessas miúdas recordações que saltavam avulso na sua memória, um passado se lhe impunha agora - não como uma fuga, não como uma satisfação, mas como uma garantia.Uma memória viva, do que contra esse passado conseguira, da sua luta, do seu sofrimento, e da vitória da sua alma e da sua vontade, ganhava corpo e peso. Ela lhe confirmava a possibilidade de renascer, de ressuscitar, e incitava-a consigo própria."
José-Augusto França, Natureza Morta, 2.ª ed., Lisboa: Editora Arcádia, 1961, pp. 46-47.
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