"Amo aquele que pede o impossível
quando sente a casa desmoronar tijolo
a tijolo
com a leveza de uma pena liberta pleno
voo
de um azul e oiro, o ritmo -
esse tijolo de barro vermelho
de um modo apaixonado pede
a vida
e a vida, num último instante, dá-lhe jardins,
deuses e a energia de uma
cidade suspensa
a luz de um palácio submerso
no último instante,
muito lento,
silvam as chamas do desamparo, caducidade
duração."
João Miguel Fernandes Jorge, Invisíveis Correntes, Lisboa: Relógio D'Água, 2004, p. 47.
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