"Quando de novo retomou a sua narrativa fê-lo com uma voz totalmente transformada; era um murmúrio, um salmodiar sussurrado, era como se outra pessoa falasse em seu lugar.
- O Homem não vale nada, e a sua memória está cheia de buracos que ele nunca poderá passajar. É preciso, no entanto, fazer muitas coisas que nunca esquecemos. Cada um de nós esquece o seu quotidiano."
Hermann Broch, A Criada Zerlina, versão de António S. Ribeiro a partir da trad. de Suana Muñoz, 2.ª ed., Lisboa: Difel, 2002, p. 27.
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