"No ângulo no espaço que liga o interior da obscuridade à aparência da luz
nos côncavos que soletram o olhar para que ele o transmita à
visão nos limiares nas paredes que confraternizam com os
temporais na chuva que desenha o Messias na erva na terra
nas pedras
Nos vales e nos cumes na gruta onde respiram as entranhas das
montanhas como se fosse o pulmão dos rochedos
Vi como o ser humano se torna chama e renova o espaço da
História"
Adonis, O Arco-Íris do Instante, trad. Nuno Júdice, Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2016, p. 119.
No comments:
Post a Comment