"Hoje, não é só o belo, mas também o feio, a tornar-se polido. Também o feio perde a negatividade do diabólico, do sinistro ou do terrível, e amaciam-no do mesmo modo, tornando-o uma fórmula de consumo e fruição. Carece por completo desse olhar de medusa que infunde medo e terror e faz com que tudo se torne pedra. O feio, tal como o usaram os artistas e poetas fin de siècle, tinha alguma coisa de abissal e de demoníaco."
Byung-Chul Han, A Salvação do Belo, trad. Miguel Serras Pereira, Lisboa: Relógio D'Água, 2016, p. 17.
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