"o meu futuro contigo há imenso tempo
tem sido sempre o mesmo
os teus olhos
a tua noite
cada coisa tem a sua luz
como frigoríficos fechados
como cozinhar todos os dias
e eu mulher não sou uma coisa
não sou armário nem fábrica têxtil
tecer e desmanchar teias é um sonho masculino"
José Gardeazabal, Penélope Está de Partida, Lisboa: Relógio D'Água, 2022, p. 50.
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